A Cúpula do G20, realizada no Rio de Janeiro no final de 2024, marcou um momento histórico ao colocar a segurança alimentar no centro das discussões globais. Sob a presidência do Brasil, foi lançada a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa que busca avançar significativamente nessa agenda até 2030.
O engajamento inicial de 80 nações na proposta demonstra a urgência do tema, já que, segundo dados da ONU, cerca de 828 milhões de pessoas enfrentaram a fome em 2023, enquanto aproximadamente 2,3 bilhões viviam em situação de insegurança alimentar moderada ou grave. Para combater essa realidade alarmante, a iniciativa prevê medidas concretas, como a transferência de renda para 500 milhões de pessoas em países de baixa renda, expansão de programas de alimentação escolar para 150 milhões de crianças e a inclusão socioeconômica de 100 milhões de pessoas, com foco especial nas mulheres.
O financiamento dessas ações será viabilizado por organismos multilaterais de fomento, como o Banco Mundial (BIRD) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que demonstraram disposição para oferecer crédito e doações em apoio aos programas. O desafio agora é garantir que tais medidas sejam implementadas de forma concreta, evitando que se tornem promessas vazias, como tem ocorrido em outros contextos, como no combate às mudanças climáticas.
O protagonismo do Brasil no combate à fome
O Brasil já desempenha um papel fundamental na segurança alimentar global, sendo um dos maiores exportadores de alimentos do mundo e garantindo sustento para cerca de 1,5 bilhão de pessoas. O avanço do agronegócio nacional nas últimas décadas se deve a inovações tecnológicas e práticas sustentáveis, como o plantio direto, a rotação de culturas e o uso de bioinsumos.
Ademais, o setor tem contribuído significativamente para a transição energética global, com a produção de etanol e outros biocombustíveis, além do desenvolvimento de tecnologias como os motores flex e carros híbridos.
Contudo, desafios estruturais ainda precisam ser superados para garantir o avanço contínuo do setor. Problemas logísticos, como infraestrutura de transportes precária, encarecem os custos e causam desperdício de produtos. Além disso, a dificuldade de acesso a crédito afeta principalmente pequenos e médios produtores, que são um dos focos prioritários da proposta brasileira ao G20.
Perspectivas para o futuro
Caso a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza seja efetivada, poderemos assistir a um grande avanço na erradicação da fome e da miséria mundial. Com o aporte dos recursos anunciados, o fortalecimento do agronegócio e a implementação de políticas públicas eficazes, é possível vislumbrar um futuro em que a segurança alimentar deixe de ser um desafio para se tornar uma realidade. O Brasil, com sua posição de destaque na produção de alimentos, segue como um dos protagonistas dessa transformação global.
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